Projeto:

Admirando as entrelinhas:

Em busca de ressignificação do Mirante Santa Terezinha – Maceió-AL
CONTEXTO E LOCALIZAÇÃO

O mirante Santa Terezinha está localizado numa das bordas do bairro do Farol, na cidade de Maceió, delimitando-se com o bairro do Centro. Situado em frente à Igreja de mesmo nome, possui um grande potencial de convívio, lazer e turismo, possibilitando miradas diversas de toda parte baixa da cidade, incluindo as orlas lagunar e marítima que delineiam o nosso território. É lugar referencial no seu entorno, onde predominam centros de estudos (cursinhos, faculdades, colégios) e residências unifamiliares. Apesar disto, a apropriação e uso dessa extensa área linear vêm sendo bastante limitados, dentre outros aspectos pela insegurança gerada devido à carência de atrativos e à precariedade de sua estrutura e mobiliários.

JUSTIFICATIVA

A cidade de Maceió, além de suas belezas naturais, possui uma geografia que possibilita diversas situações de mirante. Esses espaços peculiares estão presentes em alguns trechos da nossa área urbana, em bordas que dividem a parte alta da parte baixa da cidade. São lugares que se configuram como marcos, pois costumam ser referenciais, físicos e simbólicos, da população do entorno e de outros pontos da cidade, a exemplo do mirante escolhido para esta intervenção de requalificação: o mirante de Santa Terezinha.

O entorno do mirante Santa Terezinha é marcado por edificações majoritariamente horizontais, o que permite a ampliação dos ângulos de visadas e reforça a importância do mirante. O uso residencial predomina no seu entorno imediato, além de muitos espaços destinados ao uso educacional, especialmente aqueles relacionados ao Centro Universitário CESMAC, o que influencia a presença de comércios e serviços de apoio nas proximidades, e a passagem frequente de estudantes, funcionários e residentes pelo mirante.

PROBLEMÁTICA
ZONEAMENTO
PROPOSTA

ENTRELINHAS

CONTORNO DO CONVÍVIO

VÉRTICES DO CAMINHO

CONVERGÊNCIAS

PARTIDO

O partido parte da LINHA, elemento primordial que liga, conecta, direciona e define espaços, unindo pontos desconexos. Inicialmente considerando os desenhos propostos pela intervenção já realizada, compostos por linhas retas e curvas, aos poucos o conceito desta proposta foi se construindo a partir de outras referências espaciais presentes na paisagem da nossa cidade e no próprio mirante.

Contorno do Convívio

Convergências

Contorno do Convívio

Contorno do Convívio

Contorno do Convívio

Vértices do caminho

Decifrando o CENTRO: o sentido de suas reflexões urbanas

Caminhando pelas ladeiras do centro de Maceió, o turista se depara com a história da capital alagoana, que se desenvolveu a partir da estruturação dessa região. A Catedral Metropolitana, os mirantes e os prédios desenhados pelo arquiteto italiano Luigi Lucarini formam um belo conjunto para ser visitado e admirado. Teatros, prédios históricos, extensões dessas construções e points culturais válidos de visitar: o Centro é um mundo a ser explorado!

HISTÓRIA

No início do século XIX, Maceió era apenas um pequeno povoado que fazia parte da freguesia de Santa Luzia do Norte e tinha o privilégio de ter um dos melhores portos da região. O engenho que deu origem ao primeiro núcleo urbano de Maceió, situado onde hoje está a Praça D. Pedro II, próximo a igreja Metropolitana da Catedral.

Igreja do Rosário e Catedral Metropolitana

Igreja do Livramento, Igreja do Bom Jesus dos Martírios e Igreja São Benedito

PEREGUINAÇÃO DE FÉ

A fé católica continua presente no Centro de Maceió. Do século passado, são as Igrejas da Catedral (Nossa Senhora dos Prazeres), do Rosário, dos Martírios e do Livramento. Estes monumentos históricos contam a historia da parte central da capital alagoana. Na Catedral existem relíquias deixadas pelos portugueses, como a imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, a padroeira da cidade. Na Igreja do Bom Jesus dos Martírios, toda a sua fachada é de azulejos portugueses. Ainda no Centro, a Igreja São Benedito é outro ponto de encontro dos fieis que se dirigem aquela área da cidade. Conservada pela comunidade católica, preserva seus altares, sempre ornamentados com flores.

ROTA DOS MIRANTES E PRAÇAS

As praças ganharam novo visual no inicio dos anos 60, com a modernização, que deu origem ao nome “Cidade Sorriso”.

- Praça D. Ranulpho, localizada aos fundos da Igreja Catedral, possui em seu entorno, uma escadaria que foi revitalizada e um belíssimo mirante com vista para o mar.

- Praça D. Pedro II, com suas palmeiras imperiais, é ponto de encontro de todos aqueles que se dirigem à Assembleia Legislativa, Biblioteca Pública, Ministério da Fazenda e Catedral Metropolitana.

- A Praça Sinimbu dispunha de brinquedos e outros espaços de lazer, ao redor da praça encontra-se a Pinoteca da UFAL.

- Praça dos Martírios (Floriano Peixoto) por muitos anos (década de 60 e 70), era uma atração, com sua fonte luminosa, fica localizada próximo ao Palácio do Governo, Prédio da Intendência Municipal e Igreja dos Martírios.

- Na Praça Deodoro, abriga o Teatro Deodoro, a Academia Alagoana de Letras e o Tribunal de Justiça, além de casas comerciais e a Câmara de Vereadores.

- A nova “tribuna” do Centro é a praça dos Palmares, que tem à sua frente um outro espaço, onde edificou-se um monumento a Zumbi dos Palmares, nos 300 anos de sua morte e também próximo a praça está localizado a CBTU e o Arcebispado.

- A Praça Montepio dos Artistas, fica próximo a um dos primeiros edifícios moderno, o Breda e a antiga sede da OAB.

CONEXÕES: PARTE BAIXA E ALTA DA CIDADE

O Centro interliga os bairros da parte baixa, como Bom Parto, Levada, Prado, Jaraguá e Poço ao bairro do Farol, que se refere a parte alta da cidade de Maceió. Essa interligação é feita através de duas escadarias, seis ladeiras (Catedral, Rua do Sol, Boa Vista, Brito, Moreira e Silva e dos Martírios) e diversas outras ruas que servem de conexão entre esses bairros. Os transeuntes podem ter acesso ao bairro de várias formas, apesar de não ter nenhuma ciclovia ou ciclofaixa, alguns ciclistas utilizam o bairro como passagem ou ponto de destino. Além da bicicleta como meio de transporte, pode-se chegar de VLT, carro, moto e até mesmo a pé através do calçadão e ruas adjacentes.

MOBILIDADE

Em contra ponto, quando se fala de acessibilidade existe uma grande deficiência, pois possui poucas vias de acesso para cadeirantes, e as que existem não estão em boas condições, o mesmo serve para rampas de acesso, que também estão escassa e as que existem não estão em boas condições.

ELEMENTOS FÍSICOS E NATURAIS
VENTILAÇÃO

Os ventos de maiores incidências no bairro do Centro são o Sudeste, Leste e Nordeste, no qual as edificações que ficam mais próximas ao mar, recebem melhor a ventilação, por não ter nenhuma construção que impeça a ventilação circular, sendo então predominante o vento Sudeste.

HIDROGRAFIA

Consiste no oceano Atlântico, que banha parte do bairro; no Riacho Salgadinho, que se origina no Farol, desce pelo Vale do Reginaldo, corta parte do Centro e deságua no mar da praia da Avenida da Paz e é bastante conhecido por ser insalubre e ser ponto de despejo de todo o tipo de lixo; e o Canal da Lagoa Mundaú, que também serve como um limite entre o bairro do Centro, Farol e Bom Parto.

Em relação a vegetação temos poucos exemplos no centro, uma das principais e a mais famosas é a Rua Augusta, conhecida como a Rua das Árvores, que é uma das ruas mais arborizadas do bairro, e por conta disso o lugar é bastante agradável, diferente do resto do centro..

Projeto:

RE-HABITAR

UMA PROPOSTA PARA O BAIRRO HISTÓRICO DO JARAGUÁ

Projeto:

CONTEXTO E LOCALIZAÇÃO

Antigamente o bairro de Jaraguá era uma vila que surgiu antes mesmo da povoação de Maceió, originada de um engenho de açúcar de propriedade do coronel Apolinário Fernandes Padilha, no local onde hoje é a Praça Dom Pedro II. Aldeia de pescadores foi logo chamando a atenção de quem passava pelo caminho, margeando o mar. Com o surgimento dos primeiros surtos de desenvolvimento da então vila, que cresceu tanto e superou a capital da Capitania, a então cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, Esse desenvolvimento do bairro deve-se ao seu porto, que transformou o local num imenso comercio com negócios de todos os rumos.

JUSTIFICATIVA

A cidade de Maceió, além de suas belezas naturais e históricas, dentre elas com destaque o bairro do Jaraguá. Esse bairro está localizado entre outros bairros que fazem parte do crescimento da cidade, tais como: Centro e Pajuçara, tornando esta área como um dos muitos trechos históricos da cidade de Maceió. São lugares que se configuram como marcos, pois costumam ser referenciais, físicos e simbólicos, da população do entorno e de outros pontos da cidade, a exemplo o edifício da Associação Comercial e o próprio porto.
O bairro do Jaraguá é marcado por edificações majoritariamente horizontais, o que permite a ampliação dos ângulos de visadas e reforça a preservação das edificações ali presentes. O uso comercial predomina no seu entorno, além de estar localizado entre bairros que são muito populosos por haver área residencial e comercial e possuir espaços destinados ao uso educacional, o que influencia a presença de comércios e serviços de apoio nas proximidades, e a passagem frequente de estudantes e funcionários .

PROBLEMÁTICA

DETALHAMENTO MOBILIÁRIO 01 E 02

IMPLANTAÇÃO

Planta de Ampliação 1

Planta de Ampliação 3

Planta de Ampliação 2

Planta de Ampliação 4

Em busca de proporcionar novo significado ao espaço da rua Sá e Albuquerque, de forma a atrair mais pessoas e maior diversidade de usos, propõe-se priorizar a pedestrização como forma de retomar a característica de centralidade que o bairro já possuiu. A proposta tem como principal foco restringir a rua para tráfego de automóveis e criar um largo calçadão, dotado de áreas sombreadas, ciclofaixa e mobiliário incentivando a permanência de quem circula pela via. Dessa forma pretende-se ainda ampliar a geração de renda para quem habita o bairro, a partir da possibilidade de novos usos comerciais e de serviços
Rua com a maior quantidade de edificações históricas do bairro, a Sá e Albuquerque manteve a maior parte de seu casario e apresenta uma ambiência diferenciada dentro do bairro devido a essa concentração de histórias e memórias, com grande quantidade de edificações abandonadas. Hoje é a rua que mais concentra os serviços que permaneceram no bairro, como banco s, lojas de autopeças, secretarias da prefeitura.

O CORPO COMO EXPRESSÃO DA COTIDIANIDADE:

Cartografando a urbanidade dos espaços públicos no Centro de Maceió-AL

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa almeja-se cartografar a cotidianidade do Centro de Maceió através de imagens construídas, sobretudo experienciadas através da pesquisa de campo, no intuito de construir repertórios que contribuam para o desenvolvimento do cenário urbano. É importante destacar que as pessoas representam o dinamismo da cidade, configurando particularidades, somando qualidades urbanas ao espaço, sendo as principais motivadoras da realização desta pesquisa.
Mapa de intensidade do fluxo de pedestres com destaque para área de estudo.

RECORTE DA ÁREA DE ESTUDO

Para esse perímetro de estudo, foi determinado o núcleo histórico do Centro. Por apresentar ruas que se assemelham, optou- se por priorizar as que se oferecem em seus trechos um maior fluxo de pessoas transitando e permanecendo em seus espaços, levando em consideração sua diversidade de tipologias e funções, assim como, atentando para os espaços livres emblemáticos e edificações em seu entorno, apresentadas como marcos para a cidade. Para isso foi criado o Mapa de Intensidade do Fluxo de Pedestres.
Existe um grande fluxo de pessoas nas ruas localizadas no núcleo do bairro, onde ficam localizadas atividades intensas de comércio e serviços, principal fator que gera esse movimento. Por tanto, a área de estudo apresenta uma rede espacial com fluxo intenso de pedestres, percebida pela presença das cores quentes.
O recorte da área de estudo revela a essência do Centro de Maceió. Cada rua representa uma particularidade distinta, mas que em conjunta revela o seu significado para a cidade, que caminha nas mais variadas vertentes sociais, culturais, artísticos e econômicos, interferindo na imagem, através da identidade e memória do cidadão. Essas vertentes apresentam graus diferentes de importância para as pessoas, e a desvalorização dos espaços e o surgimento de outras centralidades modificam esse significado.

CARTOGRAFANDO O ESPAÇO PÚBLICO: o Centro e suas particularidades

Os espaços públicos do centro possuem limites estabelecidos por meio do seu entorno, com elementos que o delimitam e traçam o seu desenho, separando o público do privado. Através do mapa de cheios e vazios observa-se que a área traz o seu tecido urbano consolidado com a predominância do traçado irregular, com um forte adensamento de edificações que em sua maioria são germinadas e sem recuos frontais, trazendo um espaço impermeável, numa morfologia que se forma entre o edificado e o não edificado.
Ao longo dos mapas também é identificado que dificilmente, as edificações da área estendem as suas funções para o espaço externo e que um dos motivos para que isso não aconteça é a falta de legibilidade de seu entorno. Outro fator importante, é a ausência do uso residencial que confirma a desvalorização da área para moradias, assim como, torna-se o denominador de que o fluxo de pessoas por essas ruas são, em sua maioria, trabalhadores e usuários dos serviços que estão disponíveis no Centro.
Mapa de cheios e vazios do recorte da área de estudo.

EXISTE URBANIDADE NO CENTRO?

Para esse perímetro de estudo, foi determinado o núcleo histórico do Centro. Por apresentar ruas que se assemelham, optou- se por priorizar as que se oferecem em seus trechos um maior fluxo de pessoas transitando e permanecendo em seus espaços, levando em consideração sua diversidade de tipologias e funções, assim como, atentando para os espaços livres emblemáticos e edificações em seu entorno, apresentadas como marcos para a cidade. Para isso foi criado o Mapa de Intensidade do Fluxo de Pedestres.
Portanto, não há uma distribuição legível e nem uma integração das diversas funções no bairro, vale advertir ainda, a ausência do uso residencial na área de estudo, mas, ainda assim, existem convites para permanências mais longas no espaço público, principalmente em períodos diurnos.
O potencial do Centro da cidade de Maceió é notório, já que é lugar de passagem obrigatória para todos os moradores da cidade que buscam seus diversos serviços, contém espaços livres que podem propiciar maiores momentos de encontro e trocas comunicativas, e uma paisagem digna de ser observada. Além do mais, seus espaços são enriquecidos de história e cultura. Perceber a vivacidade existente no Centro é encontrar e/ou descobrir uma relação intrínseca com a cidade. E, pensar novas possibilidades para o Centro, revela um sentido de intensificar o uso prolongado de seu espaço público, resgatando o valor de sua imagem para as pessoas
Centro no período diurno
Centro no período noturno
Eixo Temático:
ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE
Realização:
Realização: