Falta acessibilidade nos principais aeroportos brasileiros
Relatório sobre falhas na acessibilidade dos aeroportos será encaminhado essa semana à Infraero
27 de março de 2013 |
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR finalizou levantamento para diagnosticar os principais problemas de acessibilidade nos aeroportos brasileiros das cidades sedes da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014. A conclusão foi de que nenhum dos aeroportos visitados está em conformidade com as leis e normas de acessibilidade vigentes.
Foram visitados os principais aeroportos de Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife. O relatório final sobre este trabalho, de caráter orientativo, deverá ser encaminhado pela Casa Civil à Infraero esta semana. “Precisamos tornar nossos aeroportos acessíveis primeiro para os próprios brasileiros”, explica o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, “e se a Infraero e a Anac não correrem com as providências necessárias, poderemos ter aeroportos pouco acessíveis ainda em 2016, quando ocorrem as Olimpíadas e Paraolimpíadas”, completa.
Os principais itens que os aeroportos precisam resolver são:
1. Carência de Ambulift ou equipamentos similares
É insuficiente o número de Ambulifts nos aeroportos, equipamento que se assemelha a um elevador para o cadeirante subir da pista à porta do avião, em substituição à tradicional escada, no caso de embarque remoto.
2. Falta de acessibilidade em ambientes concedidos
Falta acessibilidade nos restaurantes, lojas, balcões, entre outros espaços dentro dos aeroportos com concessão de uso pela Infraero.
3. Falta de acessibilidade na comunicação e prestação de serviços
Nos balcões de informação faltam atendentes qualificados e material adequado para informar a pessoa com deficiência, como funcionários que saibam libras (linguagem de sinais) e informativos em braile.
4. Inexistência de piso tátil e sinalização
A pessoa com deficiência precisa de autonomia para chegar até o balcão de informações, onde recebe assistência da Infraero e da companhia aérea até o embarque; falta piso tátil e sinalização apropriada para indicar o caminho até este balcão.
5. Falta acessibilidade nas áreas externas dos aeroportos
Faltam calçadas acessíveis nos estacionamentos e acessos aos terminais.
O grupo de trabalho responsável pela vistoria foi composto por representantes dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e dos estados – CAU/DF, CAU/CE, CAU/MG, CAU/RJ, CAU/SP, CAU/BA e CAU/PE, Ministério das Cidades, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, Secretaria de Desenvolvimento Humano – SDH e Casa Civil da Presidência da República.
Importantíssima essa mobilização para que possamos cobrar com urgência uma atitude a fim de fazer com que nossos aeroportos não sejam motivo de transtorno para aqueles que vierem nos visitar.
Estive recentemente em cinco aeroportos diferentes fora de nosso pais. Em nenhum deles precisei me dirigir ao balcão de informações. Prova clara de que os acessos e a comunicação visual foram eficientes.
A CAU está de parabéns ao levantar aspecto tão importante e ainda não valorizado devidamente. É de suma importância a abordagem e o alerta para a comunidade arquitetônica.
A verdade nem sempre deve ser dita, mas sempre que se fizer necessária, como agora!
Arquiteto Carlos Alberto.
Tenho aprovado todas as ações realizadas pelo CAU – esta pesquisa sobre acessibilidade nos aeroportos , não foi novidade para mim que já observei esta deficiência não apenas em aeroportos quanto nos próprios orgão fiscalizadores responsáveis por aprovação de projetos e liberação de habite-se de imóveis.Os libera com irregularidades.