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OBRAS IRREGULARES SÃO MAIORIA, MAS CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS HABILITADOS CRESCEU DESDE 2015
Cerca de 50% da população economicamente ativa já fez obras de construção ou reforma. Esse número é menor que em 2015.
Representa 53,2 milhões de pessoas, homens e mulheres, economicamente ativos, com idade entre 18 e 75 anos, pertencente a todas as classes econômicas.

Na comparação com 2015, hoje menos pessoas fizeram obras ou reformas. Ou seja, o crescimento da contratação de arquitetos e urbanistas aconteceu em um mercado retraído.

(IR)RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Infelizmente, a maioria da população ainda recorre a profissionais sem habilitação legal nem responsabilidade técnica sobre os serviços que realizam. Mestres de obras e pedreiros são a opção mais usada por quem constrói ou reforma no Brasil.
Trata-se de um caso clássico do “barato que sai caro”, conforme o CAU Brasil descobriu por meio de uma pesquisa qualitativa realizada em 2015. Grande maioria dos entrevistados disseram que a experiência foi ruim, por uma série de problemas: planejamento, mão de obra e material.
Encontrar o profissional adequado para realizar a obra é a maior dificuldade, principalmente pela pouca qualificação e falta de comprometimento. Muitas vezes o serviço deve ser refeito, gerando gastos extras. Na parte de planejamento, a maioria das pessoas tem dificuldade em calcular o orçamento da obra.
Outro problema sério é saber qual é a quantidade certa de material comprar. Os pedreiros acabam orientando e, na maioria das vezes, não acertam a quantidade.

Porém, existe uma boa notícia: esse índice de obras irregulares diminuiu nos últimos anos. Hoje, 18% das pessoas que fizeram construção ou reforma contrataram serviços de arquitetos e urbanistas e engenheiros. Em 2015, esse índice era de apenas 15%.
Maiores razões para a não contratar profissionais especializados são as crenças de que esses serviços são muito caros (49%) e de que “não existe necessidade” de contratar arquitetos e urbanistas ou engenheiros (48%).

De novo, esse é um quadro que está melhorando: é cada vez menor o número de pessoas que consideram caros os serviços de arquitetos e urbanistas. Percentual das pessoas que colocam o aspecto financeiro como principal entrave para a contratação diminuiu de 46% em 2015 para 36% em 2022.
Percepção do custo-benefício de arquitetos e urbanistas também melhorou. Em 2022, cerca de 45% dos entrevistados consideram a relação custo-benefício um dos aspectos mais importantes. Em 2015, esse índice era de apenas 39%.