Presidente da Caixa promete novas contratações de arquitetos
Conquista não impedirá FNA de continuar luta pela contratação de todos os aprovados
4 de junho de 2014 |

Na foto, a partir da esquerda, em sentido horário: Érica Kokay, Jorge Hereda, Clóvis Bueno, Luiz Sugahara; Eddi Yamamura, Jeferson Salazar, Cicero Alvarez e Antonio Menezes Júnior,.
A Caixa Econômica Federal (CEF) irá rever o processo de contratação dos arquitetos aprovados no concurso público de 2012, cuja prazo vence em 7 de julho. Nos Estados em que não houve nenhuma contratação, haverá convocação de concursados. Nos demais, será realizada uma reavaliação do processo, buscando corrigir distorções no equilíbrio dos quadros de arquitetos e engenheiros.
Essas foram as promessas feitas pelo presidente da CEF, Jorge Hereda, em reunião realizada nessa quarta-feira (04/06), em Brasília, com uma comissão de Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), formada pelo presidente Jeferson Salazar, pelo vice-presidente Cicero Alvarez e pelo Diretor Regional do Centro Oeste e suplente de conselheiro federal pelo DF, Antônio Menezes Júnior. Eddi Yamamura, chefe de gabinete da Presidência do CAU/BR, representou o Conselho na reunião, que contou ainda com a presença da deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Entre os Estados em que nenhum concursado foi convocado para assumir o posto estão Amazonas, Paraíba, Piauí e Roraima. Quanto ao pessoal já contratado, hoje a CEF tem um arquiteto para cada 1,75 engenheiro.
Uma nova reunião será realizada, em uma semana, para um retorno do andamento das providências. Para Jeferson Salazar, o encontro marcou um avanço em relação à posição anterior da CEF, mas não é tudo. “A FNA continuará ativa para que as promessas sejam cumpridas, sem abrir mão da defesa da contratação dos 138 concursados que ainda não foram chamados, de um total de 238 aprovados”.
Outra decisão de Jorge Hereda no encontro, após ouvir as ponderações da FNA, foi encomendar à sua assessoria que dialogue com as entidades do setor a para a definição de uma nova normativa das atribuições dos arquitetos e urbanistas da CEF, adequando as diretrizes da Caixa à lei 12.378/2010, que regulamentou o exercício da Arquitetura e Urbanismo no País e criou o CAU, e à Resolução 51 do CAU/BR, que definiu as atribuições e campos de atuação privativos dos profissionais do setor.
A audiência com o presidente da CEF foi solicitada por reiteradas vezes FNA desde 2013 e, afinal, foi marcada poucas horas após a Audiência Pública na Câmara dos Deputados e da reunião com o Ministro das Cidades, Gilberto Occhi, para expor a frustração dos profissionais aprovados e não chamados.
“Não se trata de uma questão meramente corporativa, é algo bem maior”, disse Jeferson Salazar ao presidente da CEF. “Estamos tratando da melhor estruturação do planejamento do Estado brasileiro em benefício da Sociedade como um todo”.
Jorge Hereda queixou-se do tom das críticas que a CEF vem recebendo da categoria, argumentando que na atual gestão a Caixa criou um plano de carreira para os arquitetos. “Não existe má vontade com os profissionais e isso precisa se reconhecido”. Quanto às contratações dos concursados, ressaltou a autonomia das áreas para as regionais tomarem suas decisões “na ponta”, de acordo com o que imaginam necessário. De qualquer forma, estranhou a falta de contratações em alguns Estados e assumiu o compromisso de corrigir as falhas.
Participaram do encontro, pela CEF, Clóvis Marcelo Dias Bueno, superintendente nacional da Rede de Habitação; Luiz Alberto Sugahara, coordenador do PAC; e Milton Anavate, assessor da Presidência. Cabe a eles, agora, estudarem e proporem ao presidente o que será feito.
Publicado em 04/06/2014
Se o concurso é para CR, não tem nada que exigir convocação.
Ridículos
Mas o próprio CAU/BR e CAU/UFs em seus concursos não deixa nada claro, falta transparência dos convocados (empossados) e dos desistentes.
Sou funcionária Pública Municipal, concursada como arquiteta, e vejo a questão nos concursos em geral, o nº de arquitetos como minoria ou ausência no quadro de órgãos públicos, em áreas específicas de planejamento urbano, paisagismo, habitação, e assim vai. Isso é um grande erro na raiz, na ausência do arquiteto preenchida pelo engenheiro, que “pode fazer tudo”, aí temos o resultado de conjuntos habitacionais terríveis, desumanos, isolados do ambiente, como se fosse “graças a Deus, mais um está pronto”!
Acho que CEF está mais uma vez nos enrolando. O prazo vai acabar e ficaremos a ver navios. Por que a CAIXA não procura um meio legal de prorrogar o prazo do Concurso? Há possibilidade legal para isso? Não seria justificável? Não dá mais tempo de “as pontas”, como diz o presidente Hereda, se movimentarem para a contratação. Portanto a única maneira de termos tempo para isso é com a prorrogação do concurso. Ou então usarmos a via judicial, que segundo os advogados, há uma chance de sucesso num prazo de 10 anos.
Pessoal da FNA, ná há como solicitar uma prorrogação do prazo do concurso?
Por 02 anos estamos lutando por essa convocação.
Não há mais o que discutir em reuniões.
É a convocação dos arquitetos ou uma ação coletiva para que sejam cumpridos os direitos dos aprovados.
Não aos novos concursos e contratos terceirizados.
E nessa reunião foi questionado o fato de não ter havido concurso para arquiteto esse ano? Além disso, pelo que vi no site de alguns CAUs/UF, a Caixa abriu edital de credenciamento para empresas de AU, o que comprova a demanda por estes profissionais.
Com tantas regionais na Bahia e tanto trabalho a ser feito, não é possível que cada uma não precise de pelo menos dois novos profissionais…
Apenas um pequeno detalhe que passou em branco no artigo:
O PRESIDENTE JORGE HEREDA TAMBÉM É ARQUITETO.
Em santa catarina a dissonância foi ainda maior. 100% dos engenheiros civis foram convocados, enquanto só foi feita a convocação de 2 arquitetas.
Encaminhei ao presidente do CAU/RJ um requerimento para verificação do concurso do BNDES em que apenas 1 arquiteto foi nomeado, enquanto que 41 engenheiros já tomaram posse. A distorção é ainda mais flagrante do que na CEF e vem se repetindo desde 2007. Se considerarmos os 5 últimos concursos, foram nomeados 258 engenheiros e apenas 22 arquitetos.
Devo encaminhar o mesmo requerimento ao FNA?
Atenciosamente.
Renata
Renata. Peço que entre em contato pelo email: [email protected] e [email protected]. Vamos interceder. Grato. Cicero
Acredito que essa demanda deva ser encaminhada sim à FNA.
Sergipe também está entre os estados que não contratou arquitetos!
Pelo andar do processo, o que faltou até agora foi vontade por parte do sr. Jorge Hereda.